quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Estou recusando os amores até mais coerentes, certinhos, bonzinhos, aquele de toalha e piquinique. Os amores suplícios, os conformados e entendidos. O amor ponderação e ligação após às 18 horas com tópicos e tolerância num quase esguio tom político. Eu preciso mesmo é do amor que me testa. Do amor crônica e não poesia, pois poesia eu mesmo faço. Preciso do amor inglês mais que avançado e de engenharia dos biomaterias que nem ouso saber os radicais. O amor meio balão que é bonito de se ver, mas que a gente nunca tem certeza de onde vai parar e numa dessas se consome em chamas. O amor não sem chão, mas de elevador. Um ou outro que me conte mais do que me faça entender o porque mesmo do amor.
Marginal é tua coxa na minha.
Teu vestido marcando o corpo sem lhe atentar pra isto.
Um som que invade a sala e combina com os móveis.
Quebra copos, mas não sabe de si depois das três.

E se assusta com os parentes que já não lhe visitam.
Bate perna e compra coisas mínimas do que tinha antes.
Recilca-se e esta sempre velha.
Ideias.
Gestos.
Copos pretos borrados de batom.

Vai a praia, a Augusta com a mesma simplicidade.
Displicente.
E não rima porque não sabe satisfazer a si.
No mais banal.
Nem nos mais elaborado.
Decai.
E apenas retoca o mesmo olho de orgulho e tédio.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Você que engole este preconceito a seco. Sem deixá-lo molhado com suas imcompreensões. Você que resiste como um touro e louco a muralha de entendimento que esta se abrindo a sua frente. Você que não questiona, se basta na ignorância que parece doce, mas vai descendo amarga. Arranha. Retorce suas entralhas. Escapa à palavra, a festa de Corpus Christi agora adiada para nova programação. Você que esta na frente desta televisão boa e má com suas vilãs. Você que nem ousa ser mais mocinho, gente agradável na mesa de bar após doze horas de porre trabalhista enfeitado de discursos. Você que nem sabe o que é isto e aquilo que Caetano cantou outro dia. Você se julga capaz de ser budista agora, mas pede a Jesus proteção. Você esta é cansado de suas tolices, de suas verdades dignos de best-seller. Nem lê nada. Nem quer saber da mediocridade de cada arte transfigurada em genialidade. E não posta. Não consta em débitos futuros. Não sabe que é em você que tudo é explícito, gritando. E arranca com charme suas inquietações para mais tarde pegar um cinema. E ali iludido acha respostas para perguntas que nunca nem seriam suas.
Pouco importa o que eu sabia
O que você via
Pouco importa o querer de antes
Se é agora que me descubro mais pleno
Somos ventos.
Somos também rosas.
E sei mais de mim e sei que este caminho é tudo que tenho.